Além do aspecto musical há, é claro, o interesse em conhecer esta região que produz alguns dos melhores vinhos portugueses e um delicioso queijo de ovelha, uma verdadeira surpresa nesta viagem. A gastronomia do Além-Tejo e seus vinhos valem só eles um artigo inteiro. Fica a ideia para um post futuro.
Antes de falar das Jornadas e da polifonia eborense, aí vão algumas imagens da cidade e minhas primeiras impressões.

A primeira coisa que chama a atenção é a similaridade das cidades portuguesas com as cidades históricas brasileiras. Apesar de ser uma constatação óbvia, o impressão de se atravessar o atlântico para chegar no “mesmo lugar” é surpreendente. A praça principal da cidade acima, chamada Praça do Giraldo, é um misto de Praça XV, no Rio de Janeiro, com a praça Tiradentes de Ouro Preto. Essa impressão se estende ao traçado sinuoso e orgânico das ruas estreitas e pela grade quantidade de igrejas espalhadas pela cidade.

Essa sensação é quebrada ao nos depararmos com o templo romano que fica bem próximo à Catedral, na parte mais alta da cidade.

É claro que o estado de conservação geral é bem melhor do que encontramos nas cidades brasileiras. O clima extremamente seco de Évora contribui bastante para isso, em contraste com a umidade da mata atlântica. A ação do clima e a força da natureza em Ouro Preto, por exemplo, é evidente, plantas nascendo em campanários de igrejas, o limo aflorando das pedras, uma umidade presente o ano todo. Em évora a bracura das construções parece recem-pintada, as pedras não têm limo. É possível perceber que isso não é só devido ao fato de haver uma conservação de fato, coisa praticamente inexistente no Brasil, mas o clima é propício ao alongamento dos séculos.
Um comentário:
Olá Fábio, tive o prazer de conhecer Évora em novembro de 2007. O que me levou a Évora foi a defesa de minha dissertação de mestrado. Ao ler seu blog encantei-me com suas palavras e deu-me vontade de voltar. A tranquilidade desta cidade é, de fato, inesquecível. Abraços!
contato: (dapaz@ofm.com.br)
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