Na sinfonia nº14 o tema é a morte.
Na verdade a obra é mais um ciclo de canções de câmara do uma sinfonia propriamente dita. A instrumentação é ecnômica e brilhante: 10 violinos (I e II) , 4 violas, 3 cellos (partes individuais) e dois contrabaixos (também), acompanhados de percussões e celesta. A sonoridade extraída deste conjunto de câmara é simplesmente surpreendente.
O clima das 10 canções sobre poemas de Federico Garcia Lorca, Gullaume Apolinaire e Rainer Maria Rilke, é extremamente pesado. São as diversas faces da morte. A morte trágica e poética de Malagueña “la muerte entra e sale de la taberna”, fantástica como em Lorelay que é amaldiçoada pela beleza de seus olhos e se atira de um penhasco, ou a terrível morte daqueles que permanecem encarcerados, mortos-vivos.
Apesar desse clima pessimista, a audição desta peça é algo transcedental a instrumentação exprime com perfeição estas ideias.
Aqui a OSESP mostrou-se a altura de se afirmar como uma das boas orquestras do planeta. Poucas são as orquestra que podem passar incólumes por uma partitura como esta. Sergei Leiferkus mostrou mais uma vex porque é considerado o grande interprete da obra de Schostakovitch e Tatiana Pavlovskaya foi sobre humana, parecia ela própria uma criatura fantástica saída dos poemas de Lorca o Appolinaire.
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